18 August 2010

Eu não sou um ser estático, nunca fui. Mas também nunca deixei de sentir aquilo que me fez mudar em meu eixo, aquilo que me fez que sou. Nunca neguei minha essência, por mais que isso tenha incomodado a quem me tinha valor, como já disse, é parte do que sou.

O pior e o melhor sempre fizeram parte de mim, e posso dizer que agora sei ser a filhadaputa que queriam que eu fosse no passado, mas ainda sei ver com olhos de quem acredita nos outros. Eu tenho meu passado, que queria que voltasse, e o meu presente, que eu não poderia pedir melhor. Ou poderia, mas, comparando com antes... não.

Hoje sou o que já fui e o que sempre quis ser, mas ainda não me sinto satisfeita. Casar não quero, e filhos desisti, era muito a idéia dos meus 20 anos, aquela quem acreditava no melhor de mim e do mundo e não conhecia bem a realidade. E mesmo naquela época me ensinaram o quão doloroso isso poderia ser.E mesmo naquela época eu fui forçada a desistir.

O fato é, hoje sou mais feliz do que nunca fui, o que não me impede de relembrar e sentir falta do meu passado, dos meus sonhos, das facilidades.
E ainda mais de ti, já que nunca tivemos a oportunidade de nada, e que tudo foi tão cedo. E tudo se resumiu ao medo.

Assumo, por ti eu abriria mão do meu presente certo, por um mero talvez. Por ti, e pela incerteza do que a gente nunca conheceu.

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