21 July 2006

Simples, ele me faz bem.
Feliz.
Sorrir.
Mimimiiiii

03 July 2006

Sei que não deveria, mas sinto. E isso gera um ciclo vicioso que leva a me sentir pior.
Tenho medo. É isso. Antes eu achava que era ciúmes, mas agora vejo que é medo.
Pior, medo de algo que já aconteceu, há muito tempo. Sublimou.

Fico pensando em não voltar. Desistir. Não sei se quero ir adiante ainda.
Um desespero já começa a me preencher: ir embora para o nada.
Ir para a solidão. Descaso. Desprezo. Desapego.

Ficar seria colocar a pedra em cima e pedi para selarem com cimento.
Seria o nunca mais, sem chances de recaídas. De enganos.

Na verdade sou o próprio medo, ambulante, perambulando por aí. Cego.
Vejo no meu corpo uma espécie de transparência, um vácuo sem-cheio de algo que não sei bem o que é.
Sinto um terror quando essa substância se perde em algo que tambem não sei explicar.
Pode ser feito de algodão ou de enxofre, isso que me faz sentir triste ou feliz ou tudo junto ao mesmo tempo.
As variações são maiores que os laços e os nós das árvores.

Eu sou uma coisa intricada, misturada, confusa. Mas não sou forte como machado que carrego nas costas. Se bem que nem mesmo usar um machado, ele deve saber melhor que eu.
Sirvo de ignorante para me entender melhor.

É preciso dizer, escrever de alguma forma, se não, folha branca, zero. Deixei-me levar pelo arrastão de pensamentos, pela grafia torta, pelo música.

Nós, eu e você somos o mundo. Mundo de tantas coisas, de repente o universo somos todos nós.

Alguém já conseguiu juntar tudo que sabe de si?
Alguém já viu todo o universo?

Somos nós o mínimo e o máximo. É uma loucura isso tudo, não me dê ouvidos, mas por favor não ignore o pensamento. O Pensamento não segue uma linha reta, pelo menos o meu. Ele percorre algumas pistas dos mais diferentes trajetos.

Isso tudo nunca estaria numa peça publicitária, tudo bem, cartesianos de plantão.

Foda-se.

Se querem sentido vão se olhar no espelho.

Tem coisa mais comum que a própria cara? Quem não conhece a própria cara tão bem quanto qualquer um.

Sinta-se a vontade , pois agora tudo vai começar a fazer mais sentido para você.

E eu não acabarei esta noite em seus braços.

É o fim.

01 July 2006

Eu queria um homem passional e inteligente. Que me equilibrasse mas me deixasse louca. Que escrevesse - não que fosse escritor, por favor. Que simplesmente escrevesse coisas que me fizessem fazer aquela cara que eu faço quando me acertam os botões. Eu queria um homem inteligente e que não achasse que eu reclamo demais, apesar de eu reclamar de tudo. Eu praticamente me comunico através de reclamações. Mas é assim que é. Eu queria um homem que gostasse de música boa, que não tivesse medo de se jogar de uma ponte de mãos dadas comigo. Eu queria um homem que entendesse que demoro 50 anos para me arrumar e não achasse isso frescura, e que entendesse que eu preciso ficar sozinha e não fosse grudento, mas fosse um pouco obsessivo, porque isso me faz sentir importante e normal, porque eu sou um pouco obsessiva. Que não fosse muito junkie, só um pouquinho, e que bebesse bastante mas conseguisse ficar sem beber bastante. Que me achasse linda e me dissesse que meu nariz é lindo, mas não se importasse com o fato de que ele vai mudar. Que gostasse de gatos e me trouxesse café na cama às vezes. E não achasse que eu sou mãe dele, nem tentasse ser meu pai. Que conseguisse ficar horas simplesmente falando e escutando, e que escutasse de verdade que nem eu escuto, e que conseguisse falar dele sem ser chato. Que me sacasse de cara em vez de me julgar pra depois me conhecer. Que soubesse bater e acariciar que nem a Nina Simone fazia com o piano dela. Que calasse a minha boca. Que não me mandasse pensar menos. Que tivesse aqueles olhos.

Eu queria um monte de coisas. Teoria.