03 August 2009

Estava lendo Marguerite Duras, O Amante.
Gosto tanto desse livro. Ainda não sei porque, mas me faz pensar em várias coisas, na inércia, no topor. Me sinto dormente lendo, leve, irreal.
Gosto.

E me faz imaginar como seria. Penso nisso o tempo todo, há muito tempo. Odeio não ter controle sobre o que penso. Queria ter a determinação, a disciplina de não pensar em certas coisas, ainda mais quando elas são apenas devaneios e ecos. Quando não se pode mais fazer nada sobre isso, e alimentar esses pensamentos é apenas doloroso.

Quando leio o trecho que fala do apartamento em Cholen, eu imagino que talvez fosse daquela maneira. Tão doce que dói. Tão fatídico que haverá lágrimas apesar de tudo.

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