25 July 2008

Preciso dar um jeito nos meus hormônios.
Eles estão insaaanos hoje.
Se pá é até melhor eu não sair, senão faria merdas homéricas.
=D
Gosto pouco, sabe.

Estou no espírito de Sabina.
Cu cu cu cu.

Odeio.
Vontade de espancar. Matar. Trucidar. Destruir.
Existem seres que conseguem me deixar raivosa mesmo quando estou completamente triste.

Cu cu cu cu.

Quero sair para dançar, mas como eu não saio mais, nem sei para onde. Não e não danço.
Quero ir para São Paulo encontrar minhas meninas. E sair. E tomar tequila até a Conchita aparecer. E aprontar no banheiro da Toy. Porque esse fim de semana tem festa do jeito que gosto na Toy. Com EBM, Industrial e outras darkisses, e lá eu encho o saco dos Dj's e eles sempre tocam o que peço ou morrem. =~

Eu quero sair!!!

E essa música é tão linda e tão triste que só me dá mais vontade ainda de ir ver meu amores, que só verei de novo em novembro, no show do NIN (pelo menos já comprei os ingressos!) Me lembra quando eu estava ainda na escola... 1998. 10 anos. Oh God!


My Friends
Red Hot Chili Peppers

My friends are so depressed
I feel the question
Of your loneliness
Confide... `cause I'll be on your side
You know I will, you know I will

X Girlfriend called me up
Alone and desperate
On the prison phone
They want... to give her 7 years
For being sad

I love all of you
Hurt by the cold
So hard and lonely too
When you don't know yourself

My friends are so distressed
And standing on
The brink of emptiness
No words... I know of to express
This emptiness

I love all of you
Hurt by the cold
So hard and lonely too
When you don't know yourself

Imagine me taught by tragedy
Release is peace
I heard a little girl
And what she said
Was something beautiful
To give... your love
No matter what
is what she said
Às vezes é sem motivo. Na maior parte das vezes.
Ficar triste assim não deveria existir. Tenho vontade de desistir.

18 July 2008

Fundo do Baú

Não guardo rancor. Não existe ressentimento em mim. Aperta a minha mão, puxa uma cadeira e senta aí. Podemos ser amigos . Mas não chega muito perto, não senta do meu lado. Não me olha por muito tempo. Não me olha nos olhos.
Você quis me esquecer. Acontece. Não guardo rancor. Mas não posso te deixar chegar muito perto.
Você não.
Sabe, eu te disse para pisar em mim se quisesse. E você pisou. E eu tive que levantar e caminhar para bem longe, toda fodida de esperar no chão gelado. Então não chega muito perto, não olha nos meus olhos. Porque ao menor sinal, me atiro no chão. Basta um sorriso seu para que comece tudo de novo. Nunca foi tão fácil.
Então fique bem longe de mim. Não quero saber de cotovelos encostando nem sobre suas alvoradas, não quero sentir o teu calor. Podemos sentar e beber amenidades com os outros, mas não me olha.
Deixa a tristeza do que não fomos sentar entre nós. Porque se ela for embora, se ela me deixar por dois segundos, minha certeza vai junto e eu fico de novo aos teus pés.
Não guardo rancor. Não existe mágoa em mim.
Mas fica longe.
Fica bem longe

17 July 2008

Uma Valsa no Inferno

"Ele tem me amado; ah, eu sou o seu amor. Tenho tudo que poderia ter dele, as camadas mais secretas de ser, tais palavras, tais sentimentos, tais olhares, tais carícias, cada uma delas chamejando para mim unicamente. Tenho-o sentido embalado por minha suavidade, exultante com meu amor, apaixonado, possessivo, ciumento. Tenho crescido para ele, não fisicamente, mas como uma visão. Do que ele se lembra mais vividamente de nossos momentos juntos? A tarde em que permaneceu sobre o sofá em meu quarto enquanto eu terminava de me vestir para um jantar, com meu vestido oriental verde-escuro, perfumando-me, e ele, tomado de uma sensação de viver um conto de fadas, com um véu entre ele e eu, a princesa! É disso que ele se lembra enquanto estou deitada com o corpo quente em seus braços. Ilusões e sonhos. O sangue que ele derrama dentro de mim com gemidos de prazer, as mordidas em minha carne, meu odor em seus dedos, tudo isso desaparece diante da potência do conto de fadas."
Anaïs Nin


"Impedir que este desejo aconteça e se satisfaça reciprocamente entre as partes envolvidas é impedir que as pequenas porções de vida que somos não exerçam em plenitude o próprio processo de viver. Em outras palavras: negar o sexo é negar a própria vida. E como enxergamos, a satisfação do impulso sexual não obedece a leis plenamente conhecidas, e duvidamos mesmo que haja leis capazes de explicar como nasce e se satisfaz este impulso."

Trecho de "Liber II: De Re Sexualiatis et Voluptate ut Potestatem (ou, sobre o caráter da sexualidade e do desejo como potência)" da G.O.B.













































às vezes é tanto, outras nada. e nem por isso acaba.

11 July 2008

Um bicho selvagem adormecido no fundo, se revirando, acordando.
Sonhos.
Um apartamento pequeno, muita doçura, amor, saudade, culpa, perdão.
Sonhos.
Uma outra realidade. Um sopro gostoso. Uma saudade. A escuridão.
Sonho.
Os olhos pequenos, úmidos. Só enxergo negro. Não há choro.
O doce flutuar por entre as nuvens e assistir ao futuro que nunca se concretizará.
A realidade distorcida entre minhas lembranças e minhas vontades. Como foi e como gostaria que tivesse sido.

Não preciso de mais que uma hora para me lembrar de tudo, mas nem isso apaga a vontade de. De o que? Novamente. O que? A dor. Toda dor.
Queria um sinal, alguma pista jogada na frente da minha casa, um papel trazido pelo vento. Um palavra.

09 July 2008

Réquiem

Pensei em falar "Quando eu tinha 19 anos..." mas isso faz muito tempo. Outra vida. Com fantasmas que me visitam às vezes em realidades que invento.
Às vezes penso se eu estivesse morrendo meus amores viriam até mim? Meus amores antigos, aqueles que mais doeram, diriam adeus de verdade ou me deixariam partir como um dia me deixaram.

Posso dizer que estou morrendo, mas os finais e os adeus eu já os tive antes.


Existe um instrumento chamado quena, que é feito de ossos humanos. Tem origem no culto de um índio dedicou à sua amante. Quando ela morreu ele fez dos seus ossos uma flauta. A quena tem um som mais penetrante, mais persistente que a flauta vulgar.

Aqueles que escrevem sabem o processo. Pensei nisto enquanto cuspia meu coração.

Só que não estou à espera da morte do meu amor.

Estou doente de persistência de imagens, reflexos e espelhos. Eu sou uma mulher com olhos de gato siamês que por detrás das palavras mais sérias sorri sempre troçando da minha própria intensidade. Sorrio porque presto atenção ao OUTRO e acredito no OUTRO. Sou marionete movida por dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte, outro remexendo-se a meia altura. Rio-me, não quando o riso se adapta ao meu discurso, mas porque ele se implica nas correntes subjacentes do que eu digo.

Quero conhecer o que corre lá embaixo assim pontuado por convulsões amargas. As duas correntes não se encontram. Vejo em mim duas mulheres bizarramente ligadas uma à outra como gêmeos de circo. Vejo-as arrancarem-se uma da outra. Consigo mesmo ouvir o rasgão, a ira e o amor, a paixão e o sofrimento. Quando esse ato-deslocação de repente pára - o silêncio torna-se então ainda mais terrível um vez que a minha volta não há senão loucura, a loucura das coisas que atraem coisas dentro de cada um, raízes que se afastam para crescerem separadamente, tensão provocada para atingir a unidade.

Uma barra de música chega para fazer parar a deslocação por um instante; mas eis que o sorriso volta e eu percebo que ambas saltamos para dentro da coesão.

Imagens - que trazem a dissolução da alma no corpo como a ruptura do ácido-doce do orgasmo. Imagens que sacodem o sangue e formam inúteis a futura vigilância do espírito e a desconfiança face aos êxtases perigosos. A realidade afogara-se e a fantasia sufocava cada uma das horas do dia.

AS MENTIRAS CRIAM SOLIDÃO.

Tu deixastes a tua marca no mundo. Eu apenas atravessei como um fantasma. Será que de noite alguém dá falta do fruto caído da arvore, ou pelo morcego que vem contra a janela enquanto os outros falam, ou pelos olhos que refletem como água e bebem como mata-borrão, ou pela piedade que vacila como luz de vela, ou pelo conhecimento seguro sobre o qual as pessoas adormecem?

Até a minha voz veio do outro mundo. Fui embalsamada nas minhas mais secretas vertigens. Estive suspensa sobre o mundo escolhendo o caminho a percorrer de modo a não pisar nem a terra nem a relva. O meu passo era um passo cauteloso; o mínimo ruído do cascalho fazia que parasse.

Quando te vi escolhi meu corpo.

Vou deixar-te levar-me até à fecundidade da destruição. Por isso me atribuo um corpo, um rosto e uma voz. Eu sou-te como tu me és. Cala o fluxo sensacional do teu corpo e encontrarás em mim, intactos, os teus medos e tuas penas. Descobrirás o amor separado das paixões e eu descobrirei as paixões privadas de amor. Sai do papel que te atribuis e descansa no centro dos teus verdadeiros desejos. Por um momento deixa as tuas explosões de violência. Renuncia à tensão furiosa e indomável. Eu passarei a assumi-las.

Pára de tremer, de te agitar, de sufocar, de amaldiçoar, e reencontra no teu fundo que eu sou. Descansa das complicações, distorções e deformações. Por uma hora serás eu; ou antes, a outra metade de ti próprio. Aquela parte de ti que tu perdestes. O que queimaste, partiste, estragaste encontra-se entre as minhas mãos. Eu sou guarda de coisas frágeis e preservei de ti o que há de indissolúvel.

08 July 2008

Nine Inch Nails no Brasil.
Dessa vez eu não perco nem fodendo.
=D
Oi.

Preciso voltar. Para São Paulo.

Quase. Quase lá.

Um dia.